Por Danilo Miglio, cofundador e diretor Comercial da English Work
Muito se fala sobre como falar inglês possibilita uma série de oportunidades no mercado de trabalho. Quem é fluente no idioma pode concorrer a melhores vagas em empresas do mundo inteiro, o que proporciona salários mais altos. Já as empresas que contam com funcionários fluentes aumentam suas chances de fechar negócios com companhias de diversas partes do planeta e, consequentemente, seu mercado consumidor e faturamento.
O que pouco se fala, entretanto, é que estudar um segundo idioma proporciona benefícios também para a saúde e os relacionamentos. Um estudo conduzido por quase 40 anos pela neurocientista Ellen Bialystok, da Universidade de York, em Toronto, no Canadá, por exemplo, revelou que uma pessoa bilíngue possui maior reserva cognitiva. Isso significa mais capacidades intelectuais e emocionais, como linguagem, memória, compreensão, percepção, etc., e mais facilidade para realizar várias tarefas ao mesmo tempo. Essas habilidades fazem parte do nosso dia a dia.
Sabe-se ainda que o cérebro bilinguista também apresenta uma resistência ao declínio cognitivo que pode ocorrer em idades mais avançadas. Isso porque a pesquisa de Bialystok descobriu que a Doença de Alzheimer pode aparecer de cinco a seis anos mais tarde em pacientes que se comunicam em dois idiomas. Caso a enfermidade se manifeste, tais pessoas conseguirão lidar melhor com ela por mais tempo.
Além dos benefícios para a saúde, o estudo de uma segunda língua é muito útil nas viagens. O inglês, por exemplo, é o idioma oficial de mais de 60 países. Saber a linguagem possibilita mais confiança e segurança para viajar o mundo e conhecer novas culturas e pessoas, já que imprevistos e contratempos podem acontecer durante os passeios e comunicar-se bem é uma grande vantagem.
Aprender uma nova linguagem também é uma forma de desenvolver disciplina, comportamento tão fundamental em todos os aspectos da vida. É necessário dedicar-se aos estudos, se manter motivado mesmo em conteúdos mais complexos e ter a humildade de reconhecer que o aprendizado não tem fim.
Durante muitos anos, no entanto, estudar inglês era um privilégio apenas de pessoas com maior renda, já que os valores eram altos. Além disso, somente crianças e jovens comumente dedicavam-se mais a esse tipo de estudo. Atualmente, além de a mentalidade lifelong learning (educação continuada) estar mais difundida, é possível aprender o idioma pela internet e com custo acessível. Motivos para estudar idiomas temos de sobra e as desculpas parecem estar acabando.
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